quarta-feira, junho 24, 2009

Apenas sentir:

Um 'breve' relato meu, do meu
sentimento por ti.

Meados de 2005 quando me esbarrei, pela primeira vez, em ti. Foi um encontro casual, sem planejamentos. Acaso total. Eu, você, uma fila de cinema. E só. Trocamos palavras, reclamamos da demora na fila, rimos gostosamente. Um tchau. E só. Simpatia à primeira vista de minha parte. Você, o melhor sorriso daquele meu dia, a risada mais gostosa e a voz rouca mais perfeita. Encanto, meu.

Ironia do destino, ou não, voltamos a nos esbarrar em corredores movimentados. Novas trocas de olhares, sorrisos. Procurasses por mim, virtualmente. Conversamos. Longas horas de conversa descontraída, de sintonia perfeita e gostos parecidos. Era o começo de uma amizade sem fim, mesmo que o fim nos batesse à porta.

Tu foste motivo de ciúmes de namorados, de brigas desnecessárias. Eu achava um absurdo sentirem ciúme da minha metade, sentir ciúme do meu anjo na Terra. De mim, homem. Éramos unha e carne, mesmo não nos vendo todos os dias. Nos sentíamos e bastava. Afinados. Simétricos. Ninguém era capaz de conhecer-me tão perfeitamente como tu. Eras meu conselheiro, meu braço direito e esquerdo, a voz da minha razão, o calmante das minhas emoções e as risadas, camaradas, das minhas piadas sem graça.

Passamos três natais longe. Tuas férias não eram minhas, não eram aqui. Acumulavam-se fofocas, acumulavam-se lágrimas e necessidade de ter você perto, para me acudir. Nunca neguei o quanto eu precisava da tua razão em mim e assim foi. E assim é. E assim será. Nas férias de 2007-2008 você foi embora, deixando prévia saudade. Coisa rápida, como sempre. Dois meses e voltava nossa rotina, voltava a nossa melodia e risos mudos.

Voltava. Mas não voltasse.

Meu coração quebrou em mil pedaços quando dei por mim que não chegarias mais. Minha razão voou pela janela, a emoção inundou meu quarto e as lágrimas transformaram em chuva um lindo dia de sol. Foi como se jamais pudesse voltar a ser inteira, como se meu coração fosse parar de bater e eu vivesse, sempre, com dificuldade de respirar, fazendo doer. Doendo, tempo inteiro. Uma ferida, profunda. Tua.

Como sempre me dizias, nenhuma dor dura pra sempre, bonita. E ouvi, mentalmente, essa frase todo dia. A dor, passou com o tempo. As lágrimas não mais me matavam. O pedaço que me faltava, ainda me falta. A saudade, ainda sufoca. Mas você sempre foi de estar presente, mesmo que assim, ausente. É o teu sentir em mim. É você vivendo, agora, cá dentro e transbordando de vida em lágrimas minhas, em sonhos e em noites claras, que me vens sentar à beira da cama, contar casos, acalentar a alma e cantarolar no vento...

6 comentários:

  1. Muito Profundo, Esse choro eu tive que derramar também, mesmo não querendo.. Mas chega a hora em que parece que simplesmente levam um pedaço bem grande de nós é a dor é muito grande, sei or que também to passando por isso..

    bjooos

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  2. Bonito demais.
    Já nem sei o que dizer...

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  3. juro que chorei, me tocou muito... é ruim saber que não volta mais. é horrível. mas as coisas que passaram ficam, as vezes doendo, as vezes fazendo cocegas.

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  4. confesso, me fez chorar. essas suadades que não passam...

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  5. A saudade a gente mata, a dor e a distância a gente supera!

    ps, tu escreve muito bem, parabéns :D
    beijos

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  6. Essa dor e essa saudade que sangra, não para. E não se pode evitar.
    É linda... Por que a angustia é tão bonita? Não existe nada de belo nisso, mas garota, sim, és muito belo seu sentimento.
    Agradeças por ter conhecido essa pessoa, e alegre seu coração, um dia ele volta, e se não, ele ainda existe dentro de você!
    Que a chama do seu coração esteja sempre acessa...
    Abs

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