terça-feira, março 01, 2016

POST TESTE AUTOR DIFERENTE

terça-feira, março 01, 2016 0


Oi,

Como você está? Espero que bem. Sei que faz tempo que não te escrevo, mas presenciei algo hoje que me fez pensar muito e eu, como sempre, precisava te contar que finalmente entendi. Espero que você leia até o fim e também entenda.

Hoje ouvi alguém reclamar por não se lembrar do que ia dizer e alguém próximo disse que era uma boa ideia refazer o raciocínio para tentar recuperar o que foi esquecido. Falávamos sobre pensamentos, ideias, palavras, mas na minha cabeça (mais conhecida como uma bagunça enorme) eu só conseguia pensar em uma coisa: nós.

Será que se eu voltasse e percorresse o caminho que trilhamos eu conseguiria recuperar o que perdemos nas pedras, buracos, e crateras das ruas por onde passamos? Talvez eu desse de cara com aquela admiração que nós tínhamos, o respeito mútuo, o carinho na medida certa, o cuidado gratuito, quem sabe? Quem sabe, caminhando por aí eu não passasse pela fé que tinha em ti, a que tinhas em mim e a que ambos tínhamos em nós. Pelo caminho também poderia reencontrar os sorrisos largos que deixei de dar por te ver e o brilho nos olhos que esquecemos de manter, será que eu conseguiria?

Será que nesse mesmo caminho, a tal preocupação não apareceria também, junto com o companheirismo que não vemos há tempos? Talvez eu também encontrasse aquela paixão avassaladora que nos uniu, nos transformou em "nós" e fez de ti meu porto e de mim, teu abrigo.    Queria saber se por aí, em algum lugar desses anos todos se encontram essas coisas (nada) pequenas que fizeram de nós dois um casal (nada) perfeito, mas que durante esse tempo fizeram de nós, dois corpos num encaixe (im)perfeito e duas almas em (con)fusão. Não sei. O que sei é que existe uma única coisa que, com certeza, não encontraria: o amor. O meu por ti. O teu por mim. O nosso por nós.
É que, com o tempo, aprendi que somos capazes de recuperar as coisas que perdemos, mas nunca as que abandonamos. Nosso não se perdeu, nós é que nos perdemos dele e o abandonamos. Se por acaso o encontrar, pode me fazer um favor? Diga que a saudade insistiu em fica, mas já não posso mais voltar.

Com pesar,
Eu.

quinta-feira, agosto 02, 2012

Interfone

quinta-feira, agosto 02, 2012 0


E aí, como você tá? Eu não queria perguntar nada, sequer queria pensar em você, mas me bateu uma puta vontade de saber como você tá. Ok, eu sei que você jurou que nunca mais saberia de você, que você seria só um fiapo de lembrança nesse passado, que tu sumirias de vez ou qualquer coisa desse tipo, mas é a qüinquagésima vez que eu passo aqui debaixo do teu prédio em todo esse tempo e hoje me bateu essa vontade de saber de você. Então eu estacionei o carro naquela ruazinha ali do lado, porque agora não tem mais a minha vaga aqui da frente, e toquei o interfone do teu apartamento, temendo nem acertar o número, mas foi a tua voz quem me atendeu e eu me tremi inteira e até pensei em dar meia volta e deixar tudo pra lá, mas resolvi tacar o foda-se e então comecei a falar, falar, falar. Eu gosto de você e sonhei com você esses dias e, ao contrário do que você pode até pensar, não me arrependo de nada, sabe? Sério, tudo isso é porque, sei lá... não sei dizer, só sei que queria saber de você. Oi? Você está aí ainda? É, bom, tudo bem, não precisar dizer nada, eu escuto tua respiração e, bom, que bom então, que você não me deixou falando sozinha e desculpa, por favor, desculpa por tudo isso, por vir aqui e tocar teu interfone e destrambelhar a falar, mas já tem alguns dias que precisava saber de você. Tudo bem, você não precisa dizer nada agora, mas eu espero, por favor, por favor, por favor!, que algum dia tu me digas como vão as coisas, que tu me digas que sentiu minha falta, como amiga mesmo, e que pensavas em mim com freqüência, que se lembrava dos detalhes, dos cafés da manhã, qualquer coisa. Que se lembrava de mim, é isso. Que bom que você está aí ainda e perdoa esse mundaréu de palavras atropeladas. Não, por favor, não desliga... Não já... Prometo que já estou indo embora e não vou mais lhe importunar, só me deixa concluir... Obrigada. De verdade. Eu quero que tu sejas feliz, muito! Quero alguém que te faça feliz, que te complete, alguém que não seja morno, que não se acomode... E, por favor, que um dia tu esqueças isso tudo, digo, que esqueças aquele dia que eu fui embora e me perdoe, que a gente volte a ser amigo, a trocar músicas, compartilhar devaneios de seriados, agregar filmes na minha lista tão pequena... Qualquer coisa, entende? Que a gente fique amigo. É, é isso. Que a gente fique amigo... Desculpa mais uma vez, quando der me manda um alô, só pra contar que está tudo bem... Então, tudo bem, não precisa dizer nada. É. Não precisa. Fique bem, te quero bem. Tá? Tchau...

quarta-feira, agosto 10, 2011

uhul

quarta-feira, agosto 10, 2011 1
“Sempre acho que namoro, casamento, romance… tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:

- Ah, terminei o namoro…

- Nossa, estavam juntos há tanto tempo…

- Cinco anos…. Que pena… Acabou…

- É… Não deu certo…

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos essa coisa completa. Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível. Tudo junto, não vamos encontrar. Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele. Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona. Acho que o beijo é importante, e se o beijo bate, se joga… Se não bate… mais um Martini, por favor… E vá dar uma volta. Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar… ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa realmente gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob pressão? O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração… faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo. E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse. A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. E nem todo sexo bom é para descartar… ou se apaixonar… ou se culpar. Enfim…quem disse que ser adulto é fácil?”

- Arnaldo Jabour.

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