Mostrando postagens com marcador Daniel. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Daniel. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, agosto 10, 2011

uhul

quarta-feira, agosto 10, 2011 1
“Sempre acho que namoro, casamento, romance… tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:

- Ah, terminei o namoro…

- Nossa, estavam juntos há tanto tempo…

- Cinco anos…. Que pena… Acabou…

- É… Não deu certo…

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos essa coisa completa. Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível. Tudo junto, não vamos encontrar. Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele. Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona. Acho que o beijo é importante, e se o beijo bate, se joga… Se não bate… mais um Martini, por favor… E vá dar uma volta. Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar… ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa realmente gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob pressão? O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração… faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo. E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse. A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. E nem todo sexo bom é para descartar… ou se apaixonar… ou se culpar. Enfim…quem disse que ser adulto é fácil?”

- Arnaldo Jabour.

quinta-feira, agosto 27, 2009

Diálogo;

quinta-feira, agosto 27, 2009 1
— Desculpas por aparecer hoje, sei que era vez de escrever por ti, mas há dias quero falar, só não sei como...

— Não peça desculpas por uma culpa que você não tem, bonita. Até porquê, eu detesto regras e estereótipos, tu bem sabe. Aqui é apenas um canto de saudade, para quando der vontade, aliviar. Mesmo porque, moça, eu não saberia o que escrever.

— Eu sei disso, pois tu me falha. Não sei mais de você e isso tem me atormentado tanto, Dan. Dá um aperto no peito, pois sinto te perder no pensamento, você está cada dia mais perto do lado do esquecimento aqui dentro. Não que eu vá te esquecer, pois tu és inesquecível, mas eu te perco nos detalhes. Já não mais recordo tua voz, teu sorriso não me vem com facilidade e isso me dói tanto.

— Não seja boba, bonita. Sei bem que isso é uma inverdade, é coisa dessa tua rotina corrida, dessa tua vida cheia de cores, de medos, anseios e sonos profundos. Em sonhos, bonita, a gente se

quinta-feira, julho 09, 2009

30 de junho de 2009;

quinta-feira, julho 09, 2009 5


Desde a última vez que apareci para uma conversa em noite de insônia pude ter a certeza que ela não mais me chamaria. Não quando estivesse doendo por dentro. Era visível, embora ela pensasse que não, a confusão que a habitava, a divisão que a atormentava. Por um lado, sentia-se aliviada por ter-me por perto, poder jogar as lamúrias para fora e respirar mais tranquilamente, por outro lado, ela sentia-se injusta por interromper meu sono eterno, incomodando-me com problemas que não são meus.

Sempre disse à ela, a moça-bonita, catarina sem sotaque, que era ridículo o modo como ela enxergava as coisas. Mas Fê é dona de uma teimosia irritante e é cansativo e desnecessário discutir com ela. Com todo respeito, diria que ela é sempre a dona da razão, tu concordando com aquilo, ou não. Então, da última vez que a vi, ela estava chorando, lamentando-se por problemas e, depois que cessaram as lágrimas, ela pôs seus olhos de mel nos meus e disse que nunca, jamais, iria me incomodar com chuva nos olhos de novo. E, pelo palpitar do coração, senti que ela falava sério.

Confesso que aquele dia saí triste de lá. Não entendo essa mania que as pessoas tem de não querer incomodar os falecidos, deixar que descansem. Eu não quero descansar. Eu não preciso descansar! Tenho a eternidade toda pela frente e alguns anos de convivência sobrenatural com as pessoas que amo, por que não aproveitar ao máximo? Sei que é um problema todos me verem, mas os que acreditam mesmo que estou, são capazes. Ilusão ou não, mas é possível um diálogo silencioso entre dois corações saudosos... Prometi à mim mesmo, então, que iria aparecer quando sentisse ser necessário ou quando me desse vontade. Sem chamados, pois saberia que não viriam.

Fiquei rodando e ouvindo o coração das pessoas. O dela, mesmo que a distância, estava acordado e senti um pavorzinho incômodo ali. Cheguei perto o suficiente só para dar a certeza que eu já tinha: ela estava chorando e estava acordada, pois vinha luz debaixo da porta. Tentei não assustá-la ao entrar simplesmente e resolvi bater na porta. Um silêncio tomou conta do ar, deixando-o mais frio do que estava. A luz apagou. O coração gritou. E não ouvi mais nada.

Sem abrir a porta, entrei para o quarto e me choquei com o que vi. Ela estava escondida, em posição fetal, embaixo das cobertas. Impulsivamente, comecei a rir. Era cômico toda a situação: ela, com vinte e dois anos bem vividos, escondendo-se embaixo das cobertas como uma criança! Foi inevitável o riso. Assim que me ouviu, ela pôs a cabeça para fora da coberta, corando. Falei:

— Acha mesmo que essas cobertas irão lhe servir de alguma coisa, mocinha? Poderia jurar que não fazias mais isso...

Ela sorriu, sem graça. Fazia tempo que não a via assim, corada, sem jeito. Uma cara típica de Fê. Sentando-se na cama e abraçando os joelhos, ela encarou-me outra vez e recriminou minha atitude atípica e completamente desnecessária de bater à porta. Como se um fantasminha camarada precisasse realmente disso. Sorri. Era fácil estar com ela. Os sorrisos corriam frouxo, sem pressão. Natural.

Rimos do caso por alguns poucos minutos e ri dela, por ter medo de fantasmas. Era notório, em sua feição despreocupada, que ela tinha mesmo medo de fantasmas, mas que isso não se aplicava à mim. Juro que nunca irei entender plenamente o ser humano... Deixei a brincadeira de lado e perguntei por que ouvi suas lágrimas, esperando por uma longa madrugada, aflita. Os problemas dela me atingiam diretamente, as dores, os medos. Enfim. Mas surpreendi-me, outra vez. Quantas vezes mais um fantasma pode se surpreender?

Ela tinha me olhado tímida, sem graça e - outra vez - corando. Assentiu que chorava, mas lançou um olhar de esguelha ao livro que lia: Amanhecer. Então ela estava chorando por um livro? É... Bem típico de Fê. Sorri. Trouxa que era, nunca imaginei essas lágrimas bobas. Por felicidade, por medo, por raiva... por livro. Lágrima pra mim vinha de coração aflitivo, e não sensitivo. Mas isso era tão ela que senti certo desapontamento por não ter pensado naquilo.

Foi bom. Poder conversar naturalmente, como antes. Ver o rosto quente, as estrelas que brilhavam nos olhos enquanto ela falava de um amor verde-mar, quando ela contou de seu personagem favorito no livro, quando ela contou porque estava chorando, com lágrimas nos olhos, outra vez. E, como o sentimento dela é meu também, senti tudo. Era bonito. Puro. Inocente. É, lágrimas inocentes...

Os olhos demoravam-se mais para abrir a medida que piscavam. Soprei uma cantiga e esperei que ela dormisse, mesmo falando. Ela sussurrava no vento palavras doces, paixões, amores. E adormeceu.

Saí, na ponta dos pés, para não acordar a moça que dormia.

• o dela, aqui.

quarta-feira, junho 03, 2009

Depois #2, por Daniel Monteiro.

quarta-feira, junho 03, 2009 2
Assim que pus minha irmã para dormir, resolvi sair para o sul para poder dar um adeus às minhas três pupilas. Ainda era cedo, o relógio de pêndulo, na descida da escada, ainda não marcava nove horas da noite. Era relativamente cedo, mas — felizmente — Bells estava cansada demais para poder chorar noite adentro.

A mãe dormia no colo do pai, ainda com lágrimas escorrendo pelo rosto. Ambos estavam no sofá da sala, virados para a mesinha de fotos. O pai ressonava, com a cabeça pendida para trás. A casa estava inteira adormecida. Passei por eles, dando um beijo na testa de cada um, despedi-me de Jacira, a governanta-babá e fechei meus olhos.

No instante que os abri estava no meu quarto, no apartamento da Av. Atlântica, em Balneário Camboriú. Ele estava como eu o deixara e também esperava pelo meu retorno. Havia um cheiro cítrico no ar e pude imaginar as meninas limpando-o, no dia anterior. Ouvi a televisão e caminhei para sala.

Ticia e Gabi olhavam a TV sem prestar atenção, com olhos vazios. Como me doía ver este olhar sem vida, sem brilhos, olhos inchados de choro. Olhos, esses, que já não tinham mais o que chorar. Aproximei-me delas e sentei-me aos seus pés e pude perceber um leve remexer e troca de olhares entre elas. Queria tanto conversar, havia tanto para se dizer, mas nada foi dito. Permanecemos nesse silêncio por horas e novas lágrimas brotaram no rosto delas. Sequei-as, com os dedos, em vão. Elas me sentiam ali e nosso silêncio bastou. Dei-lhes um beijo nas bochechas e saí.

Havia passado na frente da casa da Fê duas vezes, mas nunca entrei. Tive de me concentrar em dobro para chegar lá. Olhei a casa e entrei pela porta da frente, em um lugar que me era todo desconhecido. O quarto dela era o segundo, reconheci pelo perfume dela. Entrei.

O clima estava frio e triste e ouvi as quietas lágrimas que ela ainda chorava. Fê estava abraçada em um grosso travesseiro e transformava em rios as poças que iam se formando ali. Aproximei-me para um tchau silencioso, mas ela se virou, sentando-se na cama, e questionou "é você, não é?". Sentei-me ao lado dela e a abracei. Ela, abraçou-se. E choramos. Era o nosso reencontro e era a nossa despedida. Aquele dia, fiquei olhando-a dormir.

E fui embora, em paz.

quarta-feira, abril 22, 2009

Depois; por Daniel Monteiro.

quarta-feira, abril 22, 2009 2
Depois que a dor cessou, ficou tudo escuro por um tempo. Eu senti medo e certo alívio, porque a dor antes era insuportável, pensei que fosse morrer. A claridade ia aumentando aos poucos e pude começar a ver pequenos vultos ao meu redor, havia uma ambulância, carro do bombeiro e muitas pessoas ao redor. Ao redor do que? pensei eu. Andei lentamente até o aglomero e vi o que todas aquelas pessoas olhavam, arregaladas. Um corpo jazia no chão. Ninguém pareceu se incomodar com a minha passagem, ninguém sequer percebeu a minha presença, salvo uma menininha de cabelos castanhos, escondida atrás das pernas do pai.

Aproximei-me para ver o que estava acontecendo e estranhei estar fora do carro. Não lembrava sequer de ter saído dele. Olhei pro lado e vi um carro, idêntico ao meu, estatelado em um poste de luz, que estava rachado ao meio. E então, lembrei. Lembrei do buraco, lembrei da freada, lembrei da dor no peito e do silêncio. Logo depois veio a escuridão e então, eu estava ali. Cheguei próximo, muito próximo, do corpo que estava ali no chão e ninguém barrou minha passagem. Olhei atentamente para aquele rapaz irreconhecível. Mas me reconheci.

Fui tomado por uma onda de desespero e uma dor estranha assolou em meu peito. Sim, estranha, porque incomodava demais, mas não doía. Pensei na minha irmã, fechando os olhos e, no instante que abri, estava no quarto dela, vendo-a chorar silenciosamente com o telefone nas mãos. Corri até ela e a abracei. Sua respiração tinha tornado mais suave, como se ela pudesse ter sentido minha presença ali perto. Seria mesmo possível? Que caminho eu teria que tomar agora? Quais as coisas à fazer?

Corri para a mãe, ou voei para lá, não sei. Fora rápido, isso fora. Coisa de piscar de olhos. A mãe estava desolada e a dor dela, salpicava manchas em minha alma, salpicava manchas em mim. Eu não suportava ver as pessoas que amava sofrendo por minha causa, não suportava causar dor à elas e tentava, sem muito sucesso, acalmar o coração de cada uma delas, tocando meus dedos na face e secando, em vão, suas lágrimas. Um buraco se abriu bem no meio de mim. Eu era um abismo. Eu estava, sem querer, machucando as pessoas.

Era noite, já, quando me deparei em outra sala, repleta de flores e velas. E parentes. E amigos. E alguns conhecidos, amigos do pai, amigos da mãe, amigos da irmã. Várias pessoas que eu amava estavam lá, rezando. Senti paz. O buraco não mais me agoniava e, com o tempo, enxergava uma nova luz, branca, forte. Ainda naquela sala, enxerguei a vó, enxerguei o vô. Mas não queria ir para junto deles, não podia. Tinha de me despedir.

Quando já era dia e o sol já estava à pino, botaram uma caixa em um buraco e cada um daqueles que se encontravam lá tomaram seus rumos. E eu tinha que tomar o meu. Mas ainda faltava alguma coisa e então, pensei nelas. Nas três moças que eu abandonara no sul. E, naquele dia, viajei ao encontro delas...

quarta-feira, março 11, 2009

23 de janeiro de 2008; por Daniel.

quarta-feira, março 11, 2009 4
Acordei por volta das nove horas da manhã a fim de arrumar minha mala, pois tinha que pegar avião em São Paulo e nada meu estava pronto. Deixei o computador ligado e comecei a contar para as meninas do Sul que estava de partida naquela tarde e pedi para irem me buscar no aeroporto de Navegantes, final de tarde. Eram três meninas bobas, dando berros-virtuais por eu voltar, depois de dois meses em casa. Eu amava aquelas três.

Sempre fui meio nostálgico e apegado à emoções e estas me bateram ainda aquela manhã. Destino ou não, deixei à elas um depoimento caloroso, para dizer-lhes o quanto cada uma delas era importante pra mim e como eu amava elas. Finalizei, cada depoimento, com um pra sempre. Uma certeza minha. Era quase meio-dia quando escuto alvoroço na garagem, berrando pelo nome: Daniel, desça aqui!

Corri a toda, pois curiosidade sempre foi meu ponto fraco e, ao chegar na porta da cozinha, minha irmã mais nova tapou-me os olhos e guiou-me para a rua. Senti um tremor sem explicação nas pernas e meu coração batia acelerado, culpa da curiosidade que me dominava. Demos dez passos e ela me parou. Ouvi três vozes contando até três e destaparam meus olhos. À minha frente, estava um Vectra GT preto, com um enorme laço em volta dele. Meu pai entregou-me o documento do carro, no meu nome, e desejou-me um feliz natal atrasado. Eu dava gritos e gritos de alegria, corri para cancelar minha passagem e, depois de dois anos e meio, pude, enfim, ir de carro para Santa (e bela) Catarina. Era o fim das minhas viagens de Praiana ou carros alugados.

Voltei para cima, para contar a novidade às minhas três pupilas que aguardariam por mim aquela tarde. Disse que ganhara um carro, que não precisariam mais buscar-me no aeroporto e que chegaria mais tarde, pois não dependia mais de horário e poderia fazer minhas coisas com calma. Afinal, eu ganhara um carro, poderia fazer o meu horário e não depender da ocupação e disponibilidade dos outros. Estava realmente radiante com tudo aquilo.

Às cinco e pouco da tarde comecei a dar tchau para todos da família e deixei um bilhete pro pai, que nunca chega em casa antes das 19hras. Abracei apertado minha irmã e saí, brincando com a chave do carro na mão, fazendo malabares com ela e rindo, para a mãe e irmã, que estavam no portão. "Ligo quando chegar", eu disse.

A viagem até que estava tranqüila, se não fosse o temporal que caía sobre a cidade. A estrada era esburacada e a forte chuva dificultava a minha visibilidade, fazendo-me, vez ou outra, passar por cima de um dos milhares buracos que estavam a minha frente. Lembro que anoitecia rápido, para horário de verão, e logo uma trovoada se juntou com a forte chuva, tornando tudo mais caótico. Desviei de um buraco no instante que um raio clareou a estrada e peguei um buraco pior. O pneu estourou. O carro rodou. Capotou. E eu bati, num poste.

A pancada foi forte e eu sentia o cheiro adocicado do sangue, que me impedia de respirar. Tentei me mexer, mas foi em vão. Eu estava preso naquela lataria recém-nova. Esmagado, abraçando um poste. Lembrei do rosto da minha irmã ao desejar-me boa viagem e da aflição, leve, que correu por ele e lembrei daqueles três rostos que ansiavam o meu retorno. Lágrimas escorriam por minha face e eu ainda lutava por respirar, por sair dali. Havia vozes misturada com os trovões e estava escuro, muito, muito escuro. A dor cessava, depois voltava com mais intensidade e cessava de novo. Estava enlouquecendo. Porra, será que ninguém vai me tirar daqui? - era o que gritava, ou pensava estar gritando. Meu coração batia na cabeça, que doía. Ouvi sirenes. Barulho de metal serrado. Gritaria. Correria. E silêncio.

Minha vida acabara ali.

PROJETOS

@Way2themes

Follow Me